Vídeo em destaque

Mensagem do Blog Povo Ameríndio para o Dia do Índio de 2009

PARA VER OS VIDEOS, CLIQUE AQUI

Download de plug-in para Firefox

FECHAR

"Mas agora ele só tem o 19 de Abril..."

Muito se fala sobre o passado, especialmente sobre o extermínio dos índios norte-americanos. E o presente, e os índios brasileiros? Este vídeo de 3min e 43s apresenta uma visão forte sobre o assunto.

Essa é uma homenagem do Blog Povo Ameríndio a todos aqueles que são nativos das américas ou seus descendentes.

Se você está usando o Firefox e não consegue assistir ao vídeo, clique aqui, faça o download do plugin e instale.


domingo, 20 de dezembro de 2009

Brasil, um país de todos?

Quem passa de metrô pela estação do Maracanã vê um prédio antigo, lindo, porém, em péssimo estado de conservação. Não tem janelas, teto e, bem dizer, está caindo aos pedaços. O observador mais atento pode ver, do lado do casarão, uma grande oca coberta com palhas e, na parte de trás do mesmo prédio, outras ocas menores. Alguns devem pensar que, simplesmente, igual à tantos outro prédios abandonados pelo poder público carioca, este lugar está invadido pelos sem teto. Quem pensa assim, está muito enganado. Os habitantes daquele lugar são índios de várias tribos e nações...

Mas alguém já parou para pensar o que é afinal este prédio?

Em 1952, o grande antropólogo brasileiro, Darcy Ribeiro, um dos poucos a pesquisar a cultura indígena do Brasil, fundou nesse casarão lindo o Museu do Índio. A data oficial da inauguração foi 19 de abril de 1953, mas o próprio Darcy Ribeiro confirmava que a abertura aconteceu um ano antes.
Como escreveu a professora Maria Rachel Coelho, em seu artigo no site www.webrasilindigena.org, o museu "desempenhou um papel histórico na longa luta em defesa das populações indígenas, tendo à frente nomes emblemáticos como o de Marechal Rondon e próprio Darcy"(...).

O prédio foi projetado pelo arquiteto Ary Toledo e, em 1997, foi tombado.
Infelizmente, em 1978 o Museu do Índio foi transferido para Rua das Palmeiras em Botafogo e isso foi o início do fim do casarão no Maracanã. As novas autoridades, não-indígenas, não oferecem (seria injustiça falar que por falta de vontade, pois não tive oportunidade de conversar com a diretoria do museu atual) nenhuma ajuda aos moradores do antigo museu e, conforme o que ouvi deles mesmos, são impedidos de expor e vender seu artesanato lá.

Sem apoio de fora, o casarão está se deteriorando e os índios que desde 2006 ocupam o local (leia aqui>http://oglobo.globo.com/rio/mat/2006/10/21/286206962.asp) vivem em condições precárias. Parte deles mora nas pequenas ocas construídas no quintal, outros dormem dentro do prédio, no chão ou em tendas, correndo riscos permanentes, pois o teto praticamente não existe mais, a chuva entra por todas as partes. No local há dois banheiros; a água e a luz foram instaladas com ajuda do Ministério da Agricultura, que tem seus escritórios bem ao lado. Os índios se revezam, mas alguns estão lá há mais de um ano. Eles conseguiram instalar um fogão, onde preparam comida, que é comprada com dinheiro obtido atráves da venda de artesanatos ou doações. Ultimamente o prédio foi agraciado com a instalação de internet.

De vez em quando, com a ajuda de organizações socias, tais como CESAC e SOCITO e pessoas físicas também, são organizados eventos culturais. Durante estes os índios fazem apresentações, pintura corporal e vendem artesanato. Em novembro houve uma mostra de filme e palestra. Todas estas atividades são ótimas oportunidades para o público conhecer a cultura indígena de várias tribos, participar das danças rituais e estar melhor antenada com a situação atual das nações indígenas no Brasil - os problemas que elas estão enfrentando, dificuldades ao acesso à educação, serviços de saúde e atos de racismo que vêm sofrendo há séculos. Encontros esses possibilitam também aos alunos de várias escolas públicas e particulares melhor conhecimento de uma cultura tão pouco divulgada e que passa a ocupar espaço na imprensa somente na ocasião do Dia do Índio, comemorado no dia 19 de Abril.

E os problemas não param de chegar.

Alguns meses atrás os indígenas e simpatizantes da causa ficaram desesperados ao saber que já está pronta para ser realizada a proposta do ex-prefeito Cesar Maia de demolir o prédio e desta forma dar espaço a um centro comercial e estacionamento. O projeto foi criado pelo escritório Gilson Santos e Carlos Portos Arquitetos, famosos por tais obras como o Engenhão e a Cidade de Esportes. Ele prevê a demolição, no local onde atualmente fica o Museu do Indio e outros prédios, de laboratórios do Ministério de Agricultura ou da escola Friedenreich e, em contrapartida, seria criado um complexo que ligaria Maracanã à Quinta da Boa vista, visando a Copa do Mundo de 2014 e o Jogos OlÌmpicos de 2016.

Desde então os moradores do antigo Museu do Índio vêm sofrendo ameaças e violência por parte de "desconhecidos". Cerca de dois meses atrás um cachorro de estimação, que eu tive imenso prazer em conhecer pessoalmente, foi morto à pauladas. Outro ato de covardia foi o incêndio da grande oca, que aconteceu hoje, no dia que estou escrevendo este artigo, 19 de dezembro. Felizmente ninguém ficou ferido. (leia aqui>http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/12/461293.shtml)

Surgem várias perguntas... Onde todo este ódio, ignorância e falta de moral vão parar?! Quando as autoridades e parte da sociedade brasileira vão acordar e perceber que as coisas mudaram, ou melhor dizer, DEVERIAM ter mudado nos últimos 500 anos?! Quando as pessoas vão perceber que a cultura não é criada por shopping centers, mas sim pela preservação das tradições originais?! Quando o povo brasileiro vai aprender que são os índios a parte da sociedade mais prejudicada, mais sofrida, pois, por mais de 500 anos vem sofrendo racismo, preconceito e falta total de cuidados?!

O que os brasileiros querem mostrar para o mundo em 2014 e 2016? Que sabem construir um monte de shoppings, estacionamentos?.. Não seria melhor mostrar que sabe preservar a tradição e a própria história? Qual seria o melhor cartão de visitas? Cadê o sonho de Darcy Ribeiro? O que adianta honrar os seus livros enquanto o sonho dele e de muitos outros, menos conhecidos, está prestes a acabar e transformar-se em mais um massacre?

Me sinto envergonhada e decepcionada... Sonhei durante 10 anos da minha vida em morar neste país... Será que valeu a pena esperar tudo isso para agora ver estes acontecimentos?


Museu do Índio em 1953 (autor desconhecido)











Fotos: Claudio Hideki Kurahayashi
Texto: Anna Marta Orzech


domingo, 6 de dezembro de 2009

O que é a Campanha ONU VERDE?

E conscientização também é um apelo feito pela ONU que quer ajudar no combate à poluição. A Organização lançou a campanha ONU verde, que se une a outras já desenvolvidas pelo Brasil para despertar a população sobre a importância de se proteger a natureza.

(FONTE: Canal TVNBR no Youtube.Com)

Dicas para cuidar do meio ambiente

Pequenas atitudes diárias e mudanças de hábito podem contribuir com a proteção do meio ambiente. Todos podemos fazer nossa parte. Veja como:

Todos sabemos (mas às vezes esquecemos) que podemos economizar água de maneiras simples, como não deixando a torneira ligada ao fazer a barba, lavar o rosto ou escovar os dentes.

Reutilize a água usada na lavagem de roupas para a limpeza de calçadas, de quintais ou mesmo para lavar seu carro.

Usar um barbeador elétrico ou lâmina de barbear com lâminas substituíveis, em vez de descartáveis, ajuda muito na redução de resíduos.

Use toalhas para secar o seu rosto e mãos ao invés de lenços de papel descartáveis. Além disso, pendure suas toalhas para secar, para que possam ser reutilizadas várias vezes.

Prefira fraldas de pano em lugar das descartáveis, que ficam anos acumuladas em lixões.

Compre bebidas em garrafas reutilizáveis (de vidro ou alumínio), ao invés de porções únicas em embalagens descartáveis.

Ao embrulhar o seu lanche, opte por embalagens reutilizáveis para armazenamento dos alimentos, em lugar de folhas de alumínio ou saquinhos de plástico.

Ao sair de casa, não se esqueça de desligar todas as luzes e aparelhos eletrônicos; desligue também carregadores, pois estes continuam a consumir mesmo se não estiverem mais carregando. Poupar energia ajuda a reduzir a poluição do ar.

Ao comprar aparelhos eletrodomésticos, verifique nas especificações técnicas se são eficientes no consumo de energia.

Não vá a lugar nenhum sem a sua sacola de pano, de modo que você possa simplesmente dizer "não" ao plástico sempre que for fazer compras.

Por mais radical que pareça, a forma mais fácil de reduzir suas emissões de carbono é minimizar o uso de automóveis. Ao invés de dirigir, tente andar de bicicleta, caminhar, pegar carona, usar transportes públicos etc.

Se você não tem outra opção senão dirigir para o trabalho, procure por carros de maior eficiência de combustível e mantenha os pneus regulados na pressão correta para reduzir o consumo do seu carro.

Agora, se você está entre a maioria dos motoristas que passam horas presos no trânsito, considere desligar o motor se for ficar parado por um período longo.

Para os apressadinhos, lembre-se que dirigir agressivamente aumenta o consumo de combustível e as emissões de gases de efeito estufa. Por isso, se você quiser contribuir com o meio ambiente, acelere gradualmente e tente manter uma velocidade constante.

Você tem o hábito de beber café? Usar uma caneca lavável é uma alternativa ecológica aos copos plásticos ou de isopor não-biodegradáveis.

Deixe um copo de vidro e uma garrafa reutilizável no local de trabalho para diminuir a quantidade de copos plásticos ou de garrafinhas de água. 80% de garrafas de plástico são recicláveis, mas apenas 20% são efetivamente recicladas.

Quando precisar de folhas para rascunho, use o verso daqueles documentos antigos que você não precisará mais.

Se não existir um sistema de reciclagem no escritório, inicie um! Reciclagem de lixo contribui efetivamente para a redução de emissões de carbono. E estima-se que 75% do que é jogado no lixo pode ser reciclado, embora atualmente a reciclagem seja de apenas 25%.

Quando for imprimir, imprima frente e verso.

A maioria dos acessórios de computadores como cartuchos de tinta, CDs e DVDs são feitos de materiais que poderiam ser reutilizados. Os cabos e alto-falantes são bastante padronizados, o que significa que eles podem ser reutilizados em vários modelos de computadores.

Reduza as emissões de carbono do seu escritório, configurando computadores, monitores, impressoras, copiadoras, alto-falantes e outros equipamentos no seu modo econômico e desligando-os ao final do dia.

Desligue todas as luzes desnecessárias, especialmente nos escritórios e salas de conferência, banheiros e áreas que não estão sendo utilizadas.

Se você está em busca de algo para personalizar o seu escritório, escolha plantas de interior. Essas plantas são boas para o ambiente, pois removem poluentes presentes no ar.

Nos dias de calor, experimente abrir as janelas e usar roupas leves ao invés de ligar o ar-condicionado.

Não coloque lâmpadas ou televisores perto do seu ar-condicionado, uma vez que este irá identificar o calor proveniente desses aparelhos e, por isso, trabalhará mais tempo que necessário.

Quando cozinhar, faça com que o tamanho da panela corresponda ao tamanho da boca do fogão, assim reduzirá o gasto energético.

Doe o que não quiser ou não precisar mais, ao invés de jogar fora.

Recicle, Reduza e Reutilize.�

E plante uma árvore!

FONTE: http://www.onuverde.org.br

Concurso da ONU traz consciência sustentável de forma democrática. Você já está participando?

Em uma excelente iniciativa, a ONU (Organização das Nações Unidas), lança um concurso democrático e que conclama todos à participação. É a Campanha ONU Verde, que tem como slogan "O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente?" que, pela quantidade de participantes, está prometendo.

Trata-se de uma campanha onde qualquer pessoa, profissional ou amador, pode enviar fotos ou filmes feitos por celular, justificados por um texto que mostre o que aquela pessoa está fazendo para cuidar do meio ambiente.



O Blog Povo Ameríndio estará lá, representando um trabalho de seu editor. Assim está sendo solidário ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, quando ele diz sua convocação: “Vamos nos comprometer a fazer o que nos compete na luta contra as mudanças climáticas!"

Esse Blog participa e incentiva a participação de todos. Temos a certeza de que os brasileiros têm muita coisa pra mostrar. Participem e divulguem. Não se trata de vencer um concurso, mas de convencer a sociedade de sua responsabilidade de preservar o nosso planeta, a nossa casa!

Para participar, basta entrar no site http://www.onuverde.org.br , se inscrever, e participar!

Vamos trablhar para garantir um Planeta Terra com melhor qualidade de vida para todos os povos!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E quando Voa o Condor?

(Oswaldo Montenegro)

Quando voa o condor
Com o céu por detrás
Traz na asa um sonho
Com o céu por detrás
Voa condor
Que a gente voa atrás
Voa atrás do sonho
Com o céu por detrás

Quando voa o condor...

Ah, que que o vôo do condor no sol
Trace a linha da nossa paixão
Eu quero que seja
mostrada no meio da rua e rolando no chão
Ah, que a gente despedaçe em luz
Ah, que Deus seja o que quiser
Explode a cabeça
com olho de bicho
mas com um coração de mulher

Quando voa o condor...

Ah, se fosse como a gente quer
Ah, e se o planeta explodir
Eu quero que seja
em plena manhã de domingo
e que eu possa assistir
Ah, que a miserável condição
da raça humana procurando o céu
levante a cabeça
e ao levantar por encanto
escorregue o seu véu

Quando voa o condor...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Los Verdaderos Americanos

Por: Madurhi (no Youtube)

Porque se les llama unicamnete a las personas de estados unidos ¨americanos¨ es que acaso son los unicos y verdaderos habitantes de toda america?

La mayoria de poblacion del continente americano actual es de origen europeo (blancos)descendientes de colonos europeos aunque muchos se hayan olvidado. Los blancos (europeos) dominan todo en america actualmente la clase politica,el poder,la clase economica,la clase social,artistas,actores,cantantes...

Se les llama latinos,ellos no son latinos!!! Los latinos somos los paises del sur de europa de lengua romance(españa,portugal,francia,italia,g recia)
los blancos en america no son americanos y mucha gente ignorante en estados unidos cree que los indigenas por hablar español son españoles.

Tambien les llaman hispanos,que yo sepa hispanos eran los habitantes de la provincia romana de hispania (ahora españa) otra cosa que dicen mucho los latinoamericanos (indigenas y blancos) le siguen echando la culpa de la colonizacion y destruccion de los pueblos indigenas a mis antepasados españoles de españa en todo caso seria a los antepasados de los blancos en america que son los colonos porque los mios (antepasados) se quedaron en españa.

De todas formas de que se quejan si vivian como salvajes como neardhentales no habian evolucionado,nosotros les llevemos a la civilizacion. En latinoamerica la mayoria de los blancos proceden de españa y en norte america (britanicos,irlandeses,alemanes etc).

Este video es basicamnete para los colonos blancos de todo el continente americano que fundaron sus actuales y ficticias patrias,que recuerden de donde vienen (europa)
no tengo nada en contra de los indigenas americanos simplemente he hecho un video donde se muestra como son.

Desmatamento: Extração de madeira em tora reduz 14% no Brasil

Política de fiscalização brasileira em tendência de melhoria = planeta sustentável

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Filme "Home" pergunta: o que você pode fazer para salvar a nossa Mãe-Terra?

O Filme


Home - Nosso Planeta, Nossa Casa, dirigido pelo francês Yann Arthus-Bertrand e produzido por Luc Besson, estreou em 5 de junho de 2009, simultaneamente em 126 países em telas ao ar livre, cinemas, internet, televisão e em DVD. Dia 5 de junho é a comemoração do Dia Internacional do Meio Ambiente.

Trata-se de uma iniciativa sem fins lucrativos. Os produtores optaram por abrir mão dos direitos autorais em todos os formatos, desde a sala de cinema aos canais abertos na internet.

Mais de uma centena de emissoras de TV em todo o mundo já transmitiram o filme, entre elas quais o canal árabe Al-Jazira. Só na França, duzentas salas de cinema passaram o filme em uma sessão única, seguida em alguns casos de debates com profissionais ligados à ecologia.

A Produção


Home levou dois anos sendo filmado em 54 países e mais de 500 horas de material bruto, para criar um documentário de uma hora e meia que intencionalmente não responde ao problema ambiental, mas mostra a situação do planeta para que cada indivíduo pense em uma solução.

O diretor do filme, o fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, disse que seu objetivo era "convencer" os cidadãos da necessidade e da possibilidade de atuar, para evitar que o homem termine destruindo a vida no planeta.

Inspirado no documentário Uma Verdade Incoveniente, do ex-candidato presidencial dos EUA, Al Gore, os últimos quinze minutos de filme sugerem algumas pistas, nunca soluções pré-fabricadas, porque cada pessoa deve encontrar sua forma de atuar e terá "6 bilhões de maneiras" para fazê-lo, explicou o diretor.

Para o artista de 63 anos, aí está a importância de que o filme seja gratuito, para garantir que "seja visto pelo maior número de pessoas no mundo", apontou.

Home foi filmado inteiramente do ar, do alto de helicópteros, de aviões, torres, como A Terra Vista do Céu (1994) o filme anterior do fotógrago, em que, com o patrocínio da Unesco, realizou um "inventário" das mais belas paisagens do planeta.

Arthus-Bertrand explica na página oficial de Home na internet que deseja ressaltar "não são os 50% das florestas que já desapareceram, mas os 50% que restam", pois hoje "o importante é que somos 6 bilhões de inteligências" com capacidade de ação para mudar as coisas

Fonte: Estadao.com.br

Opinião do Blog Povo Ameríndio


Estamos honrados por poder divulgar o trailer desse belíssimo filme, que tão alinhado está com tudo que o Povo Ameríndio reclamou e ainda reclama. Em nossa opinião, todos deveríamos rever esse filme mensalmente, fazendo um balanço sobre como efetivamente trabalhamos naquele mês para fazer diferença na vida do planeta, a nossa Mãe-Terra.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oração Indígena - Alguém sabe a origem?

Ó, Grande Espírito, cuja voz ouço nos ventos, e cujo alento dá origem a toda a vida, ouça-me, sou pequeno e fraco, necessito de Sua força e sabedoria.
Deixa-me andar na beleza.

Faze meus olhos contemplarem sempre o vermelho e o púrpura do Pôr do Sol.

Faze com que minhas mãos respeitem as coisas que criaste, e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir a Tua voz.

Faze-me sábio para que eu possa compreender as coisas que ensinaste ao meu povo.

Deixa-me aprender as lições que escondeste em cada folha, em cada rocha.

Busco força, não para ser maior que o meu irmão, mas para vencer o maior inimigo: eu mesmo.

Faze-me sempre pronto para chegar a Ti, com as mãos limpas e olhar firme, a fim de que, quando a vida se apague, como se apaga o poente, o meu espírito possa chegar a Ti sem se envergonhar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Música indígena do Yaris encanta brasileiros

Há apenas dois dias no Brasil, o grupo indígena equatoriano, YARIS, está fazendo sua primeira viagem nas terras sulamericanas onde se fala o português.

Com dificuldade de comunicação, Magdalena e Gloria se esforçam para se fazer entender e vender seus apetrechos indígenas, enquanto Alberto (o diretor do grupo) comanda os cantos, os toques e as danças que - junto a Josué, Luiz e Cezar - o grupo Yaris encanta os transeuntes, espectadores da apresentação.



Magdalena explica - com certa dificuldade e com seu castelhano da Província de Tungurahua, Equador - que ela, Alberto e Josué são irmãos, enquanto que Luiz e Cezar são primos.

Enfim, uma família que trabalha pela emigração da cultura ameríndia pela América do Sul.

Sorte a nossa!




Veja o YARIS em vídeo:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Santuário Sagrado de Caral (Peru)

O Blog Povo Ameríndio foi incentivado pelo seu amigo, Elar, a estudar a cidade de "Caral", no Peru. De acordo com Elar (o Bambu), Caral é mais antiga do que todas as culturas dos Andes.

(Vamos postar a imagem breve)

O altar do fogo sagrado Tem-se-lhe chamado também cidade sagrada já que foi a época, em que pela primeira vez que se saiba até agora, as sociedades peruanas tiveram um governo central, em se estabelece um estado e se utiliza a religião como meio de afirmação.

Tudo o que se escavou na cidade está impregnado de religiosidade. Há muitos fornos construídos para oferendas. Há rituais em todos os lugares, não somente nos lugares públicos ou nos templos mas até nas próprias casas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vergonha brasileira: taxa de mortalidade infantil maior do que na África é encontrada na região da Cabeça do Cachorro #BrasilFail

A "Cabeça do Cachorro", região do Brasil com mortalidade infantil igual a países pobres da África, pede socorro por seus habitantes: é a região com maior diversificação étnica do Brasil, com 35 povos indígenas. Tão rica e tão miserável.



Será que precisaremos chamar o Sting para gritar ao mundo que essa vergonha está ocorrendo na Amazônia?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

Suprema Corte brasileira dá razão aos índios

Fonte: UOL

21/03/2009 - 00h07

Le Monde
Jean-Pierre Langellier
No Rio de Janeiro

Os índios conquistaram, na quinta-feira (19), uma vitória histórica. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu a seu favor um conflito que se estende há trinta anos. Por dez votos a um, ele decidiu manter a demarcação contínua da vasta reserva indígena Raposa/Serra do Sol, no Estado de Roraima, na Amazônia. Ele determinou, também, a expulsão imediata dos arrozeiros e dos não índios que a exploravam.

Maior que metade da Bélgica (17 mil km2), a reserva Raposa/Serra do Sol é um território localizado nas fronteiras com a Venezuela e com a Guiana. É um mundo de savanas e florestas, dominado pelo sagrado Monte Roraima, onde vivem 19 mil índios.



A Constituição brasileira de 1988 reconhece claramente os direitos originais dos índios sobre suas terras ancestrais. Ela lhes atribui "usufruto exclusivo" das riquezas naturais que ali se encontram, com exceção das do subsolo. A delimitação da reserva, efetuada em 1998, foi confirmada em 2005 por um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde os anos 1970, os não indígenas se estabeleceram na fronteira interior da reserva, mais especificamente cinco produtores de arroz que empregam cerca de 200 pessoas. Sua zona de exploração representa somente 2% do território, mas ela rompe sua unidade.

Com o apoio do governo do Estado de Roraima e de uma minoria de índios, eles se recusaram a obedecer ao decreto de 2005 que os obrigava a deixar a reserva dentro de um ano. Eles pediram por uma demarcação descontínua que, ao criar ilhas agrícolas, preservaria suas explorações e evitaria que eles fossem expulsos. Há um ano, os arrozeiros resistiram pela força aos policiais encarregados de aplicar a Constituição.

Para ganhar tempo, e sempre com o apoio das autoridades locais, eles apelaram ao STF, que se reuniu em agosto e dezembro de 2008 antes de convocar uma terceira sessão e arbitrar.

O veredicto foi comemorado por todos aqueles que apoiam a causa indígena, especialmente a Igreja, diversas ONG e quase todos os antropólogos.

Para a Corte, trata-se de uma questão de princípio: é preciso aplicar a Constituição. Esta concede o direito à diferença e afirma que a cultura indígena é parte integrante da identidade do Brasil.

Os índios ressaltam que a continuidade de seu território é indispensável para que se mantenha seu modo de vida tradicional, e que ela é garantia de uma proteção do ecossistema. Eles lembram que a preservação, no passado, de fronteiras agrícolas em reservas - como no Estado do Mato Grosso do Sul - levou a flagelos humanos e ecológicos: rios poluídos, aumento da mortalidade infantil, alcoolismo, suicídios. Os ecologistas veem nos índios os melhores protetores do meio ambiente.



Estudo etnológico

Apenas um dos onze juízes se mostrou sensível aos argumentos apresentados pelos arrozeiros. Estes contestavam a validade do estudo etnológico que havia delimitado as terras ancestrais dos índios. Eles mencionaram as ameaças que o isolamento da reserva causaria à segurança nacional, um tema caro ao exército.

Considerados como os únicos habitantes permanentes da reserva, os índios também terão deveres. Em especial, eles deverão respeitar a liberdade de movimentação dos militares.

O principal arrozeiro da reserva, Paulo César Quartieiro, deu a entender que os fazendeiros se conformaram, antes de dizer, brincando: "Agora vou precisar me juntar ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra)".

A decisão da Suprema Corte criará jurisprudência. Ela fixará os critérios de regra para cerca de 140 casos pendentes de delimitação litigiosa .

sábado, 15 de agosto de 2009

Povo Ameríndio agora no Flickr

Este é o primeiro post que fizemos após aderir ao Flickr.

O Blog Povo Ameríndio espera que, através das mídias sociais, possa levar aos seus leitores toda a sabedoria ameríndia, especialmente a de viver de forma integrada à natureza.

Um forte abraço à comunidade dos amigos e irmãos de pena.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lobos e índios

"Durante a noite tive um sonho estranho. Índios vestidos a rigor, munidos de máquinas de filmar, troavam cuidadosamente tambores em uníssono e cantavam de uma forma que nunca imaginei. Soou-me a uivos de lobos. Chamavam-lhe o presente do vento que, misturado com o troar ritmado e violento do tambor, festeja a vida."

George Cassiel (http://georgecassiel.blogspot.com/2004/05/lobos-e-ndios.html)



During the night I had a strange dream. Indians dressed in effect, fitted with machines shooting, carefully played drums and sang in unison in a way you never imagined. Sounded to me the songs of wolves. They called him that this wind, mixed with the rhythmic tapping of the drum and violent, celebrating life.

Oração ao Espírito da Água


Grande Espírito da Vida, Sangue da Mãe Terra,
Que corres caudaloso nos rios, cascatas e pelas pedras,
Cantando a canção de vida e de amor da Grande Alma,
Desce sobre mim.

Benção que és, assim como a chuva,
Chuva que é a vida,
Desce essa energia maior sobre o meu Círculo Sagrado e banha o meu coração.

Traga-me, se sou merecedor, saúde e vida longa.
Limpe a minha alma, lavando-me os maus pensamentos,
Pois desejo também saúde para o meu espírito.

Dá-me a paz e a harmonia que busco.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

10 Anos sem Galdino

(FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL22793-5598-2203,00.html)

Cerca de 800 índios estão acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desde a manhã desta segunda-feira (16). Na terça-feira (17) eles prometem fazer uma passeata até a entrequadra 703/704 da Asa Sul, local onde o índio Galdino foi queimado enquanto dormia numa parada de ônibus, para marcar os 10 anos do assassinato.

A caminhada faz parte do Evento Abril Indígena, em que estão programados vários debates. No primeiro dia, segunda-feira (16) um dos temas mais discutidos foi a saúde nas aldeias. Outro tema foi a falta de diálogo.



Os índios reclamam, por exemplo, que não são consultados sobre grandes projetos de infra-estrutura que passam pelas terras indígenas e temem que isso possa prejudicar seus territórios, como as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, esteve presente na abertura do evento, que aconteceu nesta segunda-feira, no acampamento da Esplanada, e disse que vai aumentar o diálogo com o movimento indígena.

Meira também anunciou a tão esperada instalação da Comissão Nacional de Política Indigenista, na próxima quinta-feira (19), Dia do Índio. “O órgão está trabalhando para diminuir a burocracia e acelerar a demarcação e homologação de terras indígenas”, acrescentou.

domingo, 14 de junho de 2009

Comunicado Yanomami à FUNAI - Assunto: Invasão de Garimpeiros


Hutukara Associação Yanomami - HAY
Rua Capitão Bessa, 143 – B. São Pedro - CEP 69.306-620
Boa Vista – Roraima - Fone/Fax: 95 3224-6767
CNPJ nº. 07.615.695/0001-65
E-mail: hutukara@yahoo.com.br


Missão Catrimani, 27 de maio de 2009.

PARA: Sr. Márcio Meira, Presidente da FUNAI.

C/C:
Ministro da Justiça, Sr.Tarso Genro,
Polícia Federal (nacional), Sr. Luiz Fernando Corrêa
Polícia Federal em Roraima, Sr. José Maria Fonseca
Ministério Público Federal em Roraima
Ministério Público Estadual de Roraima
Funai/RR, Sr. Gonçalo Teixeira

Nós, povo Yanomami, comunicamos novamente a Vsa. sobre a invasão dos garimpeiros na
nossa terra. Já fazem mais de nove anos que os garimpeiros estão invadindo, estragando e poluindo os rios. Trazendo doenças como a malária e a gripe, além de ameaçar a vida do nosso povo com violência. O governo brasileiro precisa tomar providência urgente, o numero de garimpeiros tem aumentado a cada dia.

Nós Yanomami estamos preocupados sabendo que as doenças estão invadindo as
comunidades. Não queremos mais morrer por causa do garimpo, que é uma atividade ilegal. A invasão está acontecendo nas regiões: Papiu, Alto Catrimani, Kayanau, Parafuri, Waikas, Ericó, Uraricoera, Apiaú, Homoxi e Serra da Estrutura.

Este ano a invasão de garimpeiros aumentou muito, no inicio do ano já ocorreu a morte de uma liderança Ye’kuana, da região de Waikas. Vários aviões têm sido vistos na nossa terra pelos Yanomami como mostra o relatório do professor Ricardo Porari Yanomami, morador da região Catrimani I, que anotou os vôos que pousaram na Pista do Hélio entre os meses de fevereiro a abril. (relatório em anexo). Além destes vôos, a Hutukara recebe relatos diários de vôos em outras regiões para as pistas clandestinas de garimpo. Também relatam a presença de balsas de garimpo nos rios Catrimani e Couto de Magalhães.

Em Boa Vista, aumentou o numero de comércios que vendem material para garimpo, e
também as casas de compra de ouro e diamantes. O ouro voltou a ser moeda nas lojas do centro da cidade de Boa Vista. Estamos vendo novamente o que aconteceu em 1986, na época da primeira grande invasão garimpeira na Terra Yanomami. Os garimpeiros estão chegando, trazendo equipamentos, armas de fogo e reativando as pistas de garimpo.

A Policia Federal já anunciou diversas vezes nos jornais que realizaria operações de retirada dos garimpeiros, mas isto nunca mais aconteceu. Eles só conseguiram apreender poucos equipamentos, provavelmente equipamentos velhos que não são mais utilizados pelos garimpeiros.

De vez em quando garimpeiros são retirados pela FUNAI, porém nenhum garimpeiro foi
preso e eles sempre voltam para a terra Yanomami, para garimpar. É comum na época das chuvas os garimpeiros aparecerem nos postos da FUNAI e se entregarem. Eles ganham uma “carona” para voltar para casa e no verão voltam para os garimpos ilegais.

Nós sabemos que não adianta somente retirar os garimpeiros. Precisamos que eles não
voltem mais a garimpar na terra Yanomami. Precisa ser feito o controle da entrada dos garimpeiros, a prisão dos garimpeiros e dos equipamentos, mas principalmente dos empresários do garimpo, que contratam os garimpeiros e financiam esta atividade.

Exigimos que estas ações sejam realizadas urgentemente, pois estamos sofrendo muito.
Como exemplo do monitoramento dos yanomami a respeito do garimpo na terra Yanomami,
segue abaixo relato de parte da movimentação de vôos de garimpeiros na região Catrimani 1, durante o período de 16 de fevereiro a 15 de abril de 2009.

______________________________________
Davi Kopenawa Yanomami
Presidente da HAY

Nova denúncia relata aumento do garimpo na Terra Indígena Yanomami (RR)

(FONTE: http://www.socioambiental.org)

Em carta enviada à presidência da Funai em 27 de maio, a Associação Yanomami Hutukara (HAY) denuncia o crescimento desenfreado das atividades garimpeiras em seu território e exige das autoridades providências urgentes temendo que o garimpo cresça aos índices da década de 1980 quando a presença de mais de 45 mil garimpeiros resultou em mortes, epidemias, degradação ambiental e desestruturação social.


A carta divulgada pela HAY se baseia em relatos recebidos das comunidades e no crescimento nas vendas de material para garimpo no comércio de Boa Vista. O secretário da Hutukara, Dário Vitório, disse que nos últimos meses aumentou o número de cartas vindas das comunidades yanomami pedindo ajuda para a retirada dos garimpeiros. “Os parentes nos falam por radiofonia e através de cartas que estão com medo porque aumentou muito o barulho de aviões, helicópteros e motores nas proximidades das comunidades. Em alguns lugares, como no Papiú, os garimpeiros se aproximam das comunidades para tentar comprar nossa comida e nos convidando para trabalhar."

Segundo a carta da Hutukara, é visível o aumento da atividade garimpeira também em Boa Vista, capital de Roraima: “Em Boa Vista, aumentou o número dos comércios que vendem material para garimpo, e também as casas de compra de ouro e diamantes. O ouro voltou a ser moeda nas lojas do centro da cidade de Boa Vista".

A Hutukara critica as poucas operações até então deflagradas pela Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai), apontando para a sua ineficácia, pois os garimpeiros fogem para dentro da mata assim que ouvem o barulho do avião, e os que são pegos têm a certeza da impunidade: “De vez em quando garimpeiros são retirados pela Funai, porém nenhum garimpeiro foi preso e eles sempre voltam para a terra Yanomami, para garimpar. É comum na época das chuvas os garimpeiros aparecerem nos postos da Funai e se entregarem. Eles ganham uma “carona” para voltar para casa e no verão voltam para os garimpos ilegais.

A solução, conclui a Hutukara, é fazer "o controle da entrada dos garimpeiros, a prisão dos garimpeiros e dos equipamentos, mas principalmente dos empresários do garimpo, que contratam os garimpeiros e financiam esta atividade."

sábado, 6 de junho de 2009

Indígenas mantêm 38 policias detidos no norte no Peru

Sábado, 06 de junho de 2009 - 12h51
(http://band.com.br)

No norte do Peru, indígenas continuam bloqueando a estrada que corta parte da Amazônia peruana. Os protestos ganharam mais força depois da morte de 33 pessoas nos confrontos com a polícia na sexta-feira. Os índios exigem a revogação das leis de exploração das áreas ricas em recursos naturais.

Os manifestantes também mantêm em poder 38 policiais que faziam a segurança de uma estação petrolífera na Amazônia peruana. O grupo revoltoso ameaçou queimar a estação petrolífera da região. Com temor de um ataque, a estatal Petroperu suspendeu as operações do único oleoduto que transporta petróleo da selva até a costa do Pacífico. Os protestos começaram em abril, depois que o presidente Alan García aprovou medidas que permitem a exploração privada dos recursos naturais da região.

Peru: indígenas amazônicos em estado de insurgência

17 DE MAIO DE 2009 - 14h29
(http://www.vermelho.org.br)

A declaração do presidente da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), Alberto Pizango, é clara: os povos indígenas amazônicos estão em estado de insurgência e só sairão depois que forem revogados os decretos de lei que violam seus direitos ancestrais. O clima na região segue tenso, com a presença constante de policiais. Ontem, as forças de segurança e lideranças fizeram um pacto para deter as agressões por parte dos policiais.


Há mais de um mês, os indígenas da região Amazônica do Peru iniciaram uma jornada de luta, com greve geral entre representantes da população nativa, que pede a revogação de projetos de leis que afetam diretamente suas vidas e seu território. As normas aprovadas pelo Governo Alan García facilitam para os empreendimentos mineiros e empresas petrolíferas na região.

Apesar de diálogos entre as partes, não há avanço nas negociações. No último dia 13, representantes de 20 organizações indígenas se reunião com os representantes do Ministério de Agricultura e Meio Ambiente.

O movimento indígena vem recebendo apoio de diversas organizações. A Associação Pró-Direitos Humanos (Aprodeh) expressou sua preocupação por conta da visível criminalização ao protesto dos povos amazônicos. E também criticou as normas aprovadas pelo governo que desrespeitam a integridade dos povos e não os reconhecem como cidadãos e cidadãs peruanos (as).

"Aprodeh considera que o Ministério de Energia e Minas e PeruPetro atuam como se estivessem num território desabitado. Vale salientar que o próprio presidente Alan García mostrou desprezo à população indígena amazônica, responsabilizando-os pela pobreza do Peru", afirma a nota de apoio.

A Rede contra a Criminalização do Protesto Social também se manifestou. "Respaldamos o legítimo direito à discrepância democrática e ao protesto social que vem realizando os povos indígenas amazônicos em defesa de seus direitos ao território, recursos naturais e exigimos ao governo que abra espaços de diálogo", afirma.

Em outro comunicado, enviado pelos Bispos da Amazônia (representando os Bispos da América Latina), se pede que o presidente revogue os dispositivos legais e contribua com a reformulação de seu conteúdo com a participação da população indígena.

"Gostaríamos de não apoiar a greve atual. Mas nos dá a impressão de que o Governo e o Congresso não mostram a intenção de dialogar e buscar soluções. E assim compreendemos o desespero das populações indígenas", afirma o comunicado.

Acrescenta que "podemos afirmar que não se atende o clamor das populações indígenas e ribeirinhas que desejam um desenvolvimento integral, desconhecendo o Estado o uso e ocupação dessas terras por gerações. Na prática não levou em consideração o direito dos povos amazônicos de serem ouvidos, como indica a Constituição Política do Estado".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Para Pensar (de novo)...

"Quando nossos pais viviam, ouviram dizer que os americanos estavam chegando, através do grande rio, rumo ao Oeste... ouvimos armas e pólvoras e balas - primeiro as pederneiras, depois cápsulas de percussão e agora rifles de repetição. Vimos os americanos, pela primeira vez, em Cottonwood Wash. Tivemos guerras com os mexicanos e os pueblos. Capturamos mulas dos mexicanos e tínhamos muitas mulas. Os americanos chegaram para comerciar conosco. Quando os americanos vieram pela primeira vez, fizemos uma grande dança e eles dançaram com nossas mulheres. Também comerciamos."



MANUELITO, dos Navajos

Para pensar...

"De quem foi a voz que primeiro soou nesta terra? A voz do povo vermelho que só tinha arcos e flechas...O que foi feito em minha terra, eu não quis, nem pedi;os brancos percorrendo minha terra...Quando o homem branco vem ao meu território, deixa uma trilha de sangue atrás dele...Tenho duas montanhas neste território - as Black Hills e a montanha Big Horn. Quero que o Pai Grande não faça estradas através delas. Disse estas coisas três vezes; agora venho dizê-las pela quarta vez."



MAHPIUALUTA (Nuvem Vermelha), dos Sioux Oglalas

domingo, 3 de maio de 2009

A ÁGUIA SAGRADA

"O que é o homem sem os animais? Se todos os animais fossem os homens morreriam de uma grande solidão de espírito. O que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios."



A águia é considerada a "Rainha dos Pássaros", mensageira ou a substituta do fogo celeste e da mais alta divindade urânica. Considerada a substituta do Sol tanto na mitologia asiática e norte-asiática como nas mitologias ameríndias do Norte e do Sul, em particular, entre os índios das pradarias e entre os astecas. Também no Japão, o Kami, cujo mensageiro e montaria é uma águia denominada a águia do Sol.

Na representação do universo dos índios zuni, a águia é colocada, com o Sol, no quinto ponto cardeal (que é o zênite), isto é, no eixo do mundo. Em pesquisas compulsadas, encontramos uma concepção similar entre os gregos, onde as águias, tendo partido da extremidade do mundo, pararam na vertical do omphalos (umbigo) de Delfos, o eixo do mundo.

Dotada dessa extraordinária força solar e urânica, a águia tornou-se naturalmente ave tutelar, iniciadora e psicopompa. Assim era entre os antigos povos indo-europeus e, em todo o mundo, a lama xamà é levada pela águia (morte e vôo extático). O xamanismo, do Oriente ao Ocidente, conservou essa simbólica, que se encontra tanto na Sibéria como na América do Norte. Entre os índios norte-americanos pavitso, um bastão ornado com pena de águia, carregado por um xamã, é posto sobre a cabeça do doente e o mal é levado, exatamente como o xamã o é pela águia em seus vôos mágicos. Na mesma área cultural, uma águia constrói o ninho no alto da árvore cósmica e cuida, como um remédio, de todos os males contidos em seus ramos.



A águia também é iniciadora e regeneradora, trazendo em si tanto o poder da vida como o da morte. Assim, a grande águia que salva o herói Töshtük do mundo terreno é iniciadora psicopompa. Só ela pode voar de um mundo para o outro. Engole o herói moribundo, refaz-lhe um corpo em seu ventre e restitui à vida, pondo-o no mundo uma segunda vez. Esse poder de regeneração por absorção está presente em muitos mitos inicáticos

Em um mito siberiano, o Altíssimo envia a águia para levar socorro aos homens atormentados por maus espíritos, que lhes trazem doença e morte. Mas, como os humanos nào compreendem a linguagem da mensageira, o Altíssimo diz a águia que dê aos homens o dom de xamanizar. Ela desce à terra e engravida uma mulher, que dá à luz o primeiro xamã.

A Tradição Ocidental também dotou a águia de poderes extraordinários que lhe permitem pôr-se acima das contingências terrestres. Assim, de acordo com os bestiários da Idade Média, quando a águia envelhece, suas asas se tornam pesadas e sua vista perde a agudeza; mas, em vez de sucumbir à velhice, ela procura uma fonte, depois voa na direção do Sol, para consumir suas asas e queimar a inflamação de seus olhos sob seus raios ardentes, que só ela é capaz de ousar fixar. Em seguida, retorna à fonte e banha-se três vezes nela; logo suas asas reencontram a força e o vigor de sua juventude, seus olhos clareiam e ela volta a ser tão jovem e vigorosa quanto antes. A águia sempre foi considerada uma rara criatura que consegue fixar o Sol sem queimar os olhos e sem sequer pestanejar.

"Os homens da medicina", ou pajés, confeccionam varas sagradas ornadas com penas de águias e colocam-nas nos cantos das sementeiras para obterem aos seus donos safras abundantes. Que procuravam, por assim dizer, o contato da águia com seus campos parece basear-se sobre a ilação comum entre os índios, que da força, deve sair de qualquer maneira a força, do mesmo modo que o veado comunica velocidade para quem come a sua carne.

Mas para ter à disposição estas forças misteriosas, não bastava apoderar-se dos reis da avifauna, mas também ser sustentados e nutridos com esmero. A caça à águias, sempre eram precedidas de certas cerimônias: acendiam, por exemplo, uma grande fogueira, onde chagavam-se todos os caçadores a ela e começavam a rezar e inclinar reverentes a cabeça e em seguida passam as armas pela fumaça da fogueira para atraírem a si e as suas armas a benção da divindade.



A ÁGUIA E SUA FACE OCULTA


Como todo símbolo, também a águia tem sua face oculta, sombria, noturna e maléfica. O exagero da qualidade e seus excessos, transforma-a em defeito. O valor positivo então, torna-se negativo, o poder se depurta. Este dualismo do símbolo é observado entre os índios pawnee da América do Norte. Na tradição deles, a água parda fêmea, é associada á noite e á escuridão, à Lua, ao Norte, à Mãe primordial em seu aspecto terrível, ao passo que a águia branca macho, recebe sua natureza profunda da luz do dia, do Sol, do Sul, do Pai primordial, cujo aspecto paternalista e protetor às vezes se tornam dominador e tirânico. A águia maléfica encarna, pois, a astúcia e a tradição a serviço da tirania, o poder da força bruta, os valores masculinos destruidores.

A pena da águia e o apito feito do seu osso são utilizados como instrumento de cura pelas tribos ameríndias.

NA COSMOGONIA AMERÍNDIA - PÁSSARO-TROVÃO


Na cosmogonia ameríndia, a águia é representação material do Grande Pássaro Trovão, pássaro sobrenatural que se dissimula nas nuvens de tempestade, cujos olhos lançam raios e cujas asas gigantescas, quando batem, produzem os ribombos do trovão.

O Pássaro do Trovão, enquanto encarnação da voz do Grande Espírito, é escoltado por uma multidão de espíritos menores, que têm a forma de águias ou falcões. Assim, a águia evoca não só o trovão, mas também o raio, cuja semelhança vemos nas flechas. E essa flecha, o raio, é do Sol. Por assimilação, a águia se torna, portanto, a representação do próprio Sol, Sol que na cosmogonia ameríndia, ocupa o lugar supremo da escala das manifestações de Waran-Tanka, o Grande Espírito Criador.

Na tradição helênica, a águia é atributo de Zeus (possuidor do raio e do relâmpago); em Roma antiga, era o emblema de Júpiter e entre os astecas o Sol (Tonatiuh) era invocado como o resplandecente, como a águia que sobe. No Egito Antigo, o falcão (versão norte-africana da águia) era a forma material do deus hórus. Ele era também mensageiro de Rê, o deus Sol, representado com a cabeça de falcão. Na mitologia nórdica, um capacete fourado ornado com grandes asas de águia, é usado pelo deus supremo Odim, intimamente ligado à tempestade, ao trovão e ao raio de Caça selvagem, horda aérea que ele conduz com as Valquírias, nas noites de tempestades.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto
(FONTE: http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendaaguia.htm)

Bibliografia consultada:

O Simbolismo Animal - Jean-Paul Ronecker
Les Indiens de la Prairie - George Catlin
Dictionnaire symbolique des animaux - Dom Pierre Miquel
De Natura Animalium - Claudius Aelanius
Mythologie zoologique - A. de Gubernatis
Dictionnaire de mythologie celtique - Jean Paul Persigout

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Índios Kayapó comemoram o dia 19 de abril

Rio de Janeiro, Caetano Mauro

O Museu do Índio, no Rio de Janeiro, promoveu um dia especial de comemoração para o último "Dia 19 de Abril". A programação contou com a participação dos Kayapó, da Aldeia Moikarakô, de Marabá (PA) e, também, do Mato Grosso (MT). Foram 26 índios apresentando rituais, demonstrando confecção de artesanato e realizando pintura corporal nos próprios membros da aldeia como, também, em alguns "homens brancos" interessados em fazer uma pequena imersão no universo Moikarakô.

O Blog Povo Ameríndio foi conferir e registrar o evento.



Os Kayapó vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do rio Xingu. A língua falada pertence à família lingüística Jê, do tronco Jê, havendo diferenças dialetais entre eles. Os grupos indígenas geograficamente próximos a essa etnia deram orígem aos Kayapó. No passado eram chamados de "Coroados" e os do Mato Grosso, Coroás. Estima-se uma população de 7100 pessoas (dado de 2003).



Acredita-se que a tradução de Kayapó seja "homens semelhantes aos macacos", em em virtude da utilização de máscaras de macaco pelos homens em alguns rituais. A autonominação dos chamados Kayapó é mebêngôkre que significa literalmente "homens do poço d'água".

Trilha das Lágrimas: O legado dos índios Cherokee

Quase um quarto da Nação Cherokee morreu congelada ou de fome na trilha de Oklahoma.

Este vídeo explora um dos mais negros períodos da América, quando o Presidente Andrew Jackson assinou o "Ato de 1830", a fim de remover os índios, nativos americanos, de suas terras e, com isso, usando a força, em 1838 afastar a nação Cherokee de sua "mãe-terra".

Apresentado por Wes Studi e narrado por James Earl Jones, o vídeo "Trilha das Lágrimas Cherokee Legacy"; já ganhou um impressionante número de prêmios, incluindo um Nammy para o melhor vídeo de longa metragem.

Conhecido mundialmente como "A Nammys" - Nama (Native American Music Awards), o prêmio é uma celebração que homenageia os resultados notáveis dos trabalhos artísticos e musicais nos nativos americanos.

domingo, 12 de abril de 2009

Mensagem do Blog Povo Ameríndio para o Dia do Índio de 2009

"Mas agora ele só tem o 19 de Abril..."

Muito se fala sobre o passado, especialmente sobre o extermínio dos índios norte-americanos. E o presente, e os índios brasileiros? Este vídeo de 3min e 43s apresenta uma visão forte sobre o assunto.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Atriz acusa Sarah Palin de apoiar extermínio de lobos no Alasca

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u500468.shtml

A atriz de Hollywood Ashley Judd acusou a governadora do Alasca, Sarah Palin, de apoiar o extermíno de 800 lobos no Alasca, segundo reportagem divulgada neste sábado pelo jornal "El País". Em um vídeo divulgado no You Tube, Ashley pede o fim da caça aos animais.

Reprodução

A governadora republicana Sarah Palin defende caça de lobos no Alasca
"Está na hora de deter Sarah Palin essa selvageria absurda. A governadora quer que esse crime horrendo continue", denuncia a atriz no vídeo. De acordo com a publicação, em 2007, Palin implantou um programa de recompensas no país onde oferece US$ 150 por cada animal abatido. Desde então, 800 lobos foram mortos.





O objetivo da medida seria combater a reprodução em larga escala dos animais que estariam colocando em risco a vida dos moradores. Na campanha encabeçada pela atriz, ativistas tentam pressionar o Congresso dos Estados Unidos para pedir que a lei seja banida mediante uma determinação federal.

"A caça era ilegal no Alasca até 1984. Para os ecologistas, Palin será marcada como a governadora que quis caçar os lobos", informa o jornal. Por meio de um comunicado, a republicana se defendeu das críticas e disse ser vítima de um grupo radical e extremista que manipula a realidade dos programas de controle de fauna do Alasca.

"A alimentação e a vida cultural da população do Alasca depende da nossa fauna e nós não podemos permitir que os depredadores coloquem em risco a vida dos moradores", disse a governadora. Em resposta ao vídeo da atriz, Palin negou que a prática de caçar seja uma prática partidária.

*****
Visite o website da campanha: http://www.eyeonpalin.org/
*****

quarta-feira, 25 de março de 2009

Yeha-Noha

Yeha-Noha é uma canção tradicional dos índios da tribo Navajo. Interpretada pelo grupo indígena norte-americano, Sacred Spirit, ela é cantada durante o inverno enquanto os animais estão dormindo. A voz que se escuta é de um respeitado "velho" Navajo de Chinle (Arizona - EUA), Kee Chee Jake.

O significado de "Yeha-Noha" é "desejo de felicidade e prosperidade".



"Os navajos são uma tribo nativa americana da família lingüística Athapaskan (idioma navajo) e da área cultural Sudoeste. Originalmente, imigraram das áreas do norte e durante o século XVI tornaram-se um povo pastor e caçador."

"A tribo vive numa reserva no nordeste do Arizona e continua em partes do Novo México e Utah. É a maior reserva indígena dos Estados Unidos, estendendo-se por uma enorme área que vai desde Grants no Novo México, até o Grand Canyon, no Arizona; de Holbrook, no centro do Arizona até o Rio San Juan, já no Colorado, inclui Monument Valley, parte do Deserto Pintado e parte da Floresta Petrificada."

"De acordo com o Censo de 1990, o total de índios Navajos era de 220 mil, vivendo em 6milhões de hectares, com um produto interno bruto estimado em 50 milhões de dólares."

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Navajos

Não índios terão prazo até 30 de abril para deixar a Raposa Serra do Sol, define STF

FONTE: GLOBO.COM ( http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1057940-5598,00-NAO+INDIOS+TERAO+PRAZO+ATE+DE+ABRIL+PARA+DEIXAR+A+RAPOSA+SERRA+DO+SOL+DEFIN.html
)

COMENTÁRIO DO EDITOR DO BLOG: Entenda o conflito de Raposa Serra do Sol na página da Globo.com. Ao final da notícia, existe uma animação muito esclarecedora.

Prazo foi concedido para que produtores retirem equipamentos e gado.
Ayres Britto tomou a decisão após reunião com o ministro Tarso Genro.

Diego Abreu, do G1

O ministro Carlos Ayres Britto, relator do processo da Raposa Serra do Sol no Supremo Tribunal Federal (STF), fixou que os não índios terão prazo até o dia 30 de abril para desocupar a reserva, localizada em Roraima. A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (25), após reunião de Britto com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e representantes de instituições que participarão da desocupação.



O Supremo concluiu na última quinta-feira (19) por 10 votos a 1 o julgamento que definiu a demarcação contínua da reserva e determinou a imediata retirada dos não índios da área.

“A desocupação já começou. A decisão do Supremo é definitiva, então não há como contemporizar. Admitimos, porém, que os ocupantes atuais da área precisam de um tempo para remover equipamentos e desocupar o próprio gado que existe na região, são milhares de cabeça”, afirmou Ayres Britto, após o encontro. “Esse tempo não pode ultrapassar em nenhuma hipótese o mês de abril. É um tempo mais que suficiente”, completou o ministro.

Durante o encontro desta manhã, Tarso Genro apresentou um plano de segurança, com planejamento de retirada pacífica da área. Ayres Britto ainda aguarda um laudo ambiental sobre a reserva indígena, a ser entregue pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e também espera da Fundação Nacional do Índio (Funai) um plano de reassentamento dos produtores rurais que ocupam a Raposa Serra do Sol.

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, o vice-procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, e o presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, Jirair Aram Meguerian, também participaram da reunião. Meguerian esteve no encontro, uma vez que o TRF foi designado pelo Supremo como o órgão responsável pelo cumprimento da ordem de desocupação da reserva.

Segurança

Segundo Ayres Britto, a Polícia Federal e a Força Nacional estarão presentes em Roraima “para garantir uma desocupação pacífica, prestar eventual auxílio e evitar desentendimento”. No entanto, ele destacou que as forças só deverão ser usadas caso os não índios não deixem a reserva "voluntariamente". O efetivo que será usado em uma eventual operação de retirada ficará a cargo do ministro da Justiça, que saiu da reunião desta manhã sem dar entrevista.

O advogado-geral da União afirmou que muitos do arrozeiros que habitavam a reserva já se retiraram do local. Segundo ele, os que ainda permanecem serão notificados para se retirarem de forma voluntária. “Da parte do governo, faremos de tudo para que essa desocupação seja feita voluntariamente. O que se quer é evitar o uso da força”, garantiu Toffoli.

Quanto às indenizações, ele disse que ainda não há calculo do valor de reparação para os produtores que deixarão a Raposa Serra do Sol, mas antecipou que, como as terras são da União, as indenizações ficarão restritas as benfeitorias realizadas no local.

Colheita

Ayres Britto também definiu nesta manhã que a plantação feita pelos produtores rurais na reserva deverá ser colhida por órgãos do governo. Ele, porém, afirmou que arrozeiros serão indenizados sobre o valor da safra.

O presidente do TRF da 1a Região avisou que vai até a reserva indígena na semana que vem para comunicar oficialmente a decisão do Supremo aos produtores de arroz. Sua ideia é explicar como deve ser feito o processo de desocupação para que os não índios não cometam irregularidades.

Ayres Britto se reúne na noite desta quarta-feira com o governador de Roraima, José de Anchieta Junior, para pedir o apoio do estado na desocupação da reserva.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Tecumseh: líder Shawnee ou Freemason?

Estima-se que Tecumseh, o famoso Chefe Shawnee, viveu entre 1768 e 1813.

Tecumseh foi respeitado, também, pelo “homem branco”, pois trata-se de um líder que não se furtou de conduzir seus guerreiros ao encontro das tropas americanas. Sua obstinação em fortalecer os nativos foi fundamental para que ele criasse uma confederação com todas as tribos do Oeste e do Sul da América do Norte para garantir que o “Ohio River Valley” se tornasse um limite permanente da “invasão branca” aos territórios indígenas.

Em 1812, foi agraciado como um general de brigada pelos Ingleses, como uma homenagem pelo seu caráter e respeito aos seres humanos. Tecumseh teve sucesso em persuadir sua tribo a interromper a prática de torturar prisioneiros.

Conta-se que, na batalha do forte Meigs, Tecumseh preservou os prisioneiros americanos de um massacre iminente. Os Maçons Livres contam em seus registros que o Grão Mestre de uma Potência Maçônica, na Virgínia, Robert G. Scott, escreveu em 1845 que Tecumseh - depois que sua vitória sobre um destacamento da ligação do noroeste do exército liderado pelo general Winchester - reconheceu o grito de um “Freemason” entre os prisioneiros americanos. Mesmo sem que exista qualquer registro de iniciação daquele líder Shawnee nos mistérios da Maçonaria Universal, Tecumseh teria agido como um verdadeiro Maçom Livre, poupando todos os prisioneiros de uma chacina pelos guerreiros shawnee.

É creditada à Tecumseh a seguinte mensagem:

“Onde estão hoje os pequot? Onde estão os nagarransett, os moicanos, os pokanoket e muitas outras tribos outrora poderosas de nosso povo? Desapareceram diante da avareza e da opressão do Homem Branco, como a neve diante de um sol de verão. Vamos nos deixar destruir, por nossa vez, sem luta, renunciar a nossas casas, a nossa terra dada pelo Grande Espírito, aos túmulos de nossos mortos e a tudo o que nos é caro e sagrado? Sei que vão gritar comigo: “Nunca! Nunca!”

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Oração Sioux

Pajé Sioux em momento de oração
Ó Grande espírito, qual a voz eu escuto nos ventos,
E qual o sopro dá a vida ao mundo todo, escute-me
Venho eu em sua presença, como um de seus muitos filhos,
Eu sou pequeno e fraco,
E preciso de sua força e sabedoria.

Deixe me vagar pela beleza e faça meus olhos
sempre contemplarem o vermelho e púrpura do pôr do sol.
Faça minhas mãos respeitar as coisas que você fez,
Meus ouvidos afiados o suficiente para ouvir sua voz.
Faça me sábio, assim poderei conhecer as coisas que você
Tem ensinado ao meu povo, e as lições que você
tem escondido atrás de cada folha e cada pedra.

Eu procuro a força, não para ser superior aos meus irmãos,
Mas para estar hábil a lutar contra o meu grande inimigo -- eu mesmo.
Deixe-me sempre preparado para chegar até você com mãos limpas e olhos francos,
Então quando a vida desvanecer como o desvanecente pôr do sol,
Meu espírito irá até você sem nenhuma vergonha.

domingo, 11 de janeiro de 2009

A beautiful lie - 30 Seconds to Mars

"Quando eu era uma criança, nós podiamos caçar com cães e trenós sobre a geleira. Através das gerações nós fizemos isso, mas não tivemos gelo novamente nesse inverno. Isso é péssimo e não podemos fazer nada. É muito difícil para o nosso povo hoje. Eu não posso dizer a você o que o futura trará, mas se o tempo continuar assim, as pessoas que vivem em "terras baixas", ao redor do mundo, terão grandes problemas."

(Um nativo da Groelândia)