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Mensagem do Blog Povo Ameríndio para o Dia do Índio de 2009

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"Mas agora ele só tem o 19 de Abril..."

Muito se fala sobre o passado, especialmente sobre o extermínio dos índios norte-americanos. E o presente, e os índios brasileiros? Este vídeo de 3min e 43s apresenta uma visão forte sobre o assunto.

Essa é uma homenagem do Blog Povo Ameríndio a todos aqueles que são nativos das américas ou seus descendentes.

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sábado, 22 de novembro de 2008

O Raio de Sol do Avatatá

Sou nascido no dia 12 de outubro, em hora muito próxima às 12h00. Sendo assim, em minha família sempre dissemos que o meu nascimento foi ao "meio-dia". De alguma forma isso influenciou toda a minha vida, pois, observando a minha trajetória, muitas coincidências constatam que sempre encontrei alguma forma de mostrar minha satisfação por ter chegado à vida presente no horário em que o SOL está em evidência.

A abordagem mística diz que as primeiras energias que meus corpos físico, mental e espiritual receberam ao chegar à "Mother Earth" ou, como dizem os povos andinos, à "Pachamama", foram aquelas fortemente emitidas pelo SOL.

Mas o determinismo diria que "o homem é o produto do meio", assim , enquanto não aprendi a ser livre, em épocas em que o meu caráter era forjado pelo meio em que fui criado - graças a Deus, a minha família - certamente as tantas falas sobre a hora de meu nascimento devem ter direcionado o meu subconsciente para o caminho do encontro das coincidências entre mim e o SOL. Realmente foram muitas as coincidências. Dentre outras, algumas foram marcantes:

- Minha mãe (dessa vez não a Pachamama, mas a dona "Misa" - aliás, minha primeira referência sobre o porquê de se amar a cultura ameríndia), contava que meus desenhos eram sempre aproveitando o ícone infantil do SOL (aquele círculo central rodeado de raios...).

- Meu tio-avô, o Tio Humberto, um expert no Tupi-Guarani, chamava-me de "Avatatá" (o cabelo de fogo) e dizia que minha cabeça era como o SOL, um círculo com fogo em volta.

- Meu avô, o Vovô Deodoro, certa vez me disse que meu fogo não era o cabelo, mas o "fogo nas ventas" (talvez porque soubesse que eu era muito brigão).

- Mais crescido, meus amigos índios me chamavam de "Raio de Sol", apelido que guardo com muito carinho e orgulho até os dias de hoje.

- Estudando o ocultismo, encantei-me com o "Mestre Uiracocha" (que também se escreve "Viracocha"), iniciado pelos Incas. Foi quando um amigo meu, peruano filho de peruana com alemão, descreveu-me o desenho de um Uiracocha: um SOL de três dimensões idêntico ao que a dona "Misa" me dera em certa ocasião - com uma Lhama em seu centro - era a "cabeça" daquela divindade Inca.
Uiracocha, a divindade Andina

Enfim, não me desvencilhei e nunca pensei em me desvencilhar desse, talvez, enigma presente em minha vida.

No website de Rosane Volpatto (http://www.fosanevolpatto.trd.br), encontrei a seguinte citação sobre os "Filhos do Sol":

"O homem andino passou a chamar-se "Filho do Sol", porque seu ideal era ativar o seu "Sol Interno", reconciliando-se com as forças femininas da Pachamama (Mãe Terra) e com as forças masculinas de Viracocha (Grande Criador). O "Filho do Sol" é o compromisso com a unificação e o crescimento, um compromisso de viver profundamente os seus poderes e de ser tão brilhante quanto o nascer do Sol."

Talvez em poucas ocasiões eu tenha me identificado tanto com uma citação, tal como essa. Talvez, enfim, ela explique o porquê de minha teimosia em conciliar evolução com tradição; combinar a arte com a matemática; buscar a paz, vivendo entre o belicismo e o perdão; perseguir a missão de fazer a diferença na vida das pessoas, seja encontrando formas de construir templos às suas virtudes ou, somente, estendendo a mão para o amparo e o braço para dar força aos que necessitam e querem.

Bem, tantas palavras para justificar o próximo "post" do Blog Povo Ameríndio: um "cliping" sobre os Incas, essa fantástica civilização que nos deixou um legado místico tão rico.

Boa leitura a todos.

Caetano Mauro
Editor do Blog Povo Ameríndio

Um comentário:

P@mt disse...

Pois é Avatatá, lendo seu artigo não é que fui para Santa Tereza e logo em seguida me vi em Volta Grande?
Viagem boa essa!!