O vôo do Condor é mágico
Mas é difícil dissociar o vôo do Condor da canção "El Cóndor Pasa".
Em 1993, a música El Cóndor Pasa (ver postagem anterior), foi declarada - pelo governo peruano - um Patrimônio Cultural da Nação. Ela foi composta por Daniel Alomía Robles (música) e Julio de La Paz (letra).
A canção foi encomendada para uma obra teatral de mesmo nome e sua letra tem cunho de denúncia social, pois conta uma tragédia causada pelo enfrentamento de duas culturas (a anglo-saxônica e a nativa). Conta a letra um caso que passou-se no assentamento mineiro "Yapaq" de "Cerro de Pasco", Peru. A exploração de Mr. King, dono da mina, tem sua culminação na vingança de Higínio, que o assassina. Mas, para substituí-lo, chega Mr. Cup. E a luta tem que ser reiniciada, e o condor que voa nas alturas é o símbolo da desejada liberdade. (Fonte: Wikipedia)
Letra de El Cóndor Pasa em Quíchua (Principal Dialeto Inca)
Yaw kuntur llaqtay urqupi tiyaq
maymantan qawamuwachkanki,
kuntur, kuntur
apayllaway llaqtanchikman, wasinchikman
chay chiri urqupi, kutiytan munani,
kuntur, kuntur.
Qusqu llaqtapin plaza-challanpin
suyaykamullaway,
Machu piqchupi Huayna piqchupi
purikunanchiqpaq.
Tradução
Ó majestoso Condor dos Andes,
leva-me ao meu lar, nos Andes,
Ó Condor.
Quero voltar à minha terra querida e viver
com meus irmãos Incas, que é o que mais anseio
Ó Condor.
Em Cusco, na praça principal,
espera-me, para passearmos em
Máchu Pícchu e Huayna Pícchu.
Letra Popular
Mais recentemente, Paul Simon, Jorge Milchberg e Daniel A. Robles compuseram nova letra para a canção:
En el imperio incaico
el indio está,
sin luz, sólo está,
triste está.
Detrás de los silencios quedará
jamás, nunca más, volverá.
El inca ya se fué,
a morir rumbo al sol,
y en su alma un condor va
a llorar su dolor volando
Vuela, vuela el cóndor
la inmensidad, sombra de la altipampa.
Sueño de la raza americana
sangre de la raza indiana
El inca há sido traicionado,
llorando las quenas están.
La Pachamama al coya enseño
a morir por la libertada!
Vídeo em destaque
Mensagem do Blog Povo Ameríndio para o Dia do Índio de 2009
"Mas agora ele só tem o 19 de Abril..."
Muito se fala sobre o passado, especialmente sobre o extermínio dos índios norte-americanos. E o presente, e os índios brasileiros? Este vídeo de 3min e 43s apresenta uma visão forte sobre o assunto.Essa é uma homenagem do Blog Povo Ameríndio a todos aqueles que são nativos das américas ou seus descendentes.
Se você está usando o Firefox e não consegue assistir ao vídeo, clique aqui, faça o download do plugin e instale.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
El Cóndor Pasa - A letra
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El Cóndor Pasa - Machu Pichu
A fim de proporcionar um sentimento próximo do clima dos "posts incas", buscamos no YOUTUBE um vídeo que mostrasse mais da daquela cultura. Encontramos a produção abaixo. Ela não tem imagem de ótima qualidade, mas mostra bem Machu Pichu e uma festa Inca - e tudo isso ao som de El Condor Pasa e o "grito" de "sua santidade, o Condor". Vale ver todo o vídeo.
Os comentários que estão abaixo do vídeo foram colhidos no próprio Youtube.com e falam por si.
Divirtam-se ou tenham uma boa viagem!
"El Condor Pasa no es solo una cancion como cualquier otra.. el Condor pasa es mucho mas que eso, por algo todo el mundo la ah escuchado y la interpreta.. Cosas asi no suceden con la musica de ahora... pero bueno me siento orgulloso de ser Peruano y de toda su riqueza al igual que de esta Hermosa melodia que tambien es Peruana por siempre!!!" (Gabriel Benjamin)
"q lindo!!!!...VIVA EL PERU POR ESTA Y MUCHAS RAZONES MAS!!!...SIEMPRE ARRIBA COMO EL VUELO DEL MAJESTUOSO CONDOR PERUANO....ARRIBA PERUANO LUCHADOR!!" (JDSS77)
"tuve el gusto de visitar Machu Picchu, quede impresionada con tanta belleza, la musica de fondo perfecta, Condor Pasa la mejor musica." (rosiico)
Os comentários que estão abaixo do vídeo foram colhidos no próprio Youtube.com e falam por si.
Divirtam-se ou tenham uma boa viagem!
"El Condor Pasa no es solo una cancion como cualquier otra.. el Condor pasa es mucho mas que eso, por algo todo el mundo la ah escuchado y la interpreta.. Cosas asi no suceden con la musica de ahora... pero bueno me siento orgulloso de ser Peruano y de toda su riqueza al igual que de esta Hermosa melodia que tambien es Peruana por siempre!!!" (Gabriel Benjamin)
"q lindo!!!!...VIVA EL PERU POR ESTA Y MUCHAS RAZONES MAS!!!...SIEMPRE ARRIBA COMO EL VUELO DEL MAJESTUOSO CONDOR PERUANO....ARRIBA PERUANO LUCHADOR!!" (JDSS77)
"tuve el gusto de visitar Machu Picchu, quede impresionada con tanta belleza, la musica de fondo perfecta, Condor Pasa la mejor musica." (rosiico)
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domingo, 23 de novembro de 2008
Civilização Inca: o dualismo entre o bem e o mal
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul), desde o extremo norte com o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile.
Os pesquisadores comprovam que em cerca de 3000 a.C. uma civilização avançada que perdurou por certa de 1.200 anos, quando, então, encontrou a sua queda. O avanço cultura daquela civilização compreendia a construção de pirâmides de até vinte e seis metros de altura, complexos cerimoniais e numerosos centros populacionais que competiam entre si para construir arquiteturas cada vez mais impressionantes. Além da característica religiosa de culto antropomórfico, o comércio era a troca de algodão plantado pelo peixe dos povos das planícies.
O tempo passa. Os conhecimentos daquela civilização precisavam ser propagados e assim passa a ser feito. O rastro da propagação passa pelo vale do rio Casma, por volta de 1800 a.C. e, em 800 a.C. surge o embrião do estado teocrático andino. A civilização mochica floresce do ano 50 ao ano 700 e, no ano 1.000, expande-se a cultura Tiahuanaco.
Os incas se originaram nas montanhas do Peru, mas seu controle expandiu-se por quase toda a região dos Andes. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco (que no idioma "quíchua" significa "Umbigo do Mundo"). O Império Inca abrigava mais de 700 idiomas, mas o quíchua era o que predominava. O apogeu dos Incas foi no século XV, quando registram-se realizações relevantes de arquitetura, construção de estradas, pontes e sistemas de irrigação. Mas os métodos de expansão dos imperadores não se diferem muito daquilo que a história registra em outras épocas e continentes: grandes exércitos, cessão de direitos sobre terras e estabelecimento de honrarias aos cedentes das terras (que passavam a ser nobres dignatários do Império), alta tributação a favor do Império, enfim, formas de domínio pela força são constatados naquela civilização.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média (funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo). Os templos incas são famosos, mas nenhum tão famoso quando o "Templo do Sol", em Cusco, construído com pedras encaixadas de forma fascinante e abrigava uma grande imagem do sol.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
Fontes: Wikipedia (http://http://pt.wikipedia.org/wiki/Incas) e SuaPesquisa (http://www.suapesquisa.com/astecas/)
Os pesquisadores comprovam que em cerca de 3000 a.C. uma civilização avançada que perdurou por certa de 1.200 anos, quando, então, encontrou a sua queda. O avanço cultura daquela civilização compreendia a construção de pirâmides de até vinte e seis metros de altura, complexos cerimoniais e numerosos centros populacionais que competiam entre si para construir arquiteturas cada vez mais impressionantes. Além da característica religiosa de culto antropomórfico, o comércio era a troca de algodão plantado pelo peixe dos povos das planícies.
O tempo passa. Os conhecimentos daquela civilização precisavam ser propagados e assim passa a ser feito. O rastro da propagação passa pelo vale do rio Casma, por volta de 1800 a.C. e, em 800 a.C. surge o embrião do estado teocrático andino. A civilização mochica floresce do ano 50 ao ano 700 e, no ano 1.000, expande-se a cultura Tiahuanaco.
Os incas se originaram nas montanhas do Peru, mas seu controle expandiu-se por quase toda a região dos Andes. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco (que no idioma "quíchua" significa "Umbigo do Mundo"). O Império Inca abrigava mais de 700 idiomas, mas o quíchua era o que predominava. O apogeu dos Incas foi no século XV, quando registram-se realizações relevantes de arquitetura, construção de estradas, pontes e sistemas de irrigação. Mas os métodos de expansão dos imperadores não se diferem muito daquilo que a história registra em outras épocas e continentes: grandes exércitos, cessão de direitos sobre terras e estabelecimento de honrarias aos cedentes das terras (que passavam a ser nobres dignatários do Império), alta tributação a favor do Império, enfim, formas de domínio pela força são constatados naquela civilização.
Músico paramentado conforme as tradições incas
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média (funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo). Os templos incas são famosos, mas nenhum tão famoso quando o "Templo do Sol", em Cusco, construído com pedras encaixadas de forma fascinante e abrigava uma grande imagem do sol.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Uma bela visão do Templo do Sol, em Cuzsco (Peru), onde se vêem muros originais da arquitetura Inca e muros mais recentes feitos por tentativa dos espanhóis - que foram chamados de "Os Incapazes" pelos nativos.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
Fontes: Wikipedia (http://http://pt.wikipedia.org/wiki/Incas) e SuaPesquisa (http://www.suapesquisa.com/astecas/)
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sábado, 22 de novembro de 2008
O Raio de Sol do Avatatá
Sou nascido no dia 12 de outubro, em hora muito próxima às 12h00. Sendo assim, em minha família sempre dissemos que o meu nascimento foi ao "meio-dia". De alguma forma isso influenciou toda a minha vida, pois, observando a minha trajetória, muitas coincidências constatam que sempre encontrei alguma forma de mostrar minha satisfação por ter chegado à vida presente no horário em que o SOL está em evidência.
A abordagem mística diz que as primeiras energias que meus corpos físico, mental e espiritual receberam ao chegar à "Mother Earth" ou, como dizem os povos andinos, à "Pachamama", foram aquelas fortemente emitidas pelo SOL.
Mas o determinismo diria que "o homem é o produto do meio", assim , enquanto não aprendi a ser livre, em épocas em que o meu caráter era forjado pelo meio em que fui criado - graças a Deus, a minha família - certamente as tantas falas sobre a hora de meu nascimento devem ter direcionado o meu subconsciente para o caminho do encontro das coincidências entre mim e o SOL. Realmente foram muitas as coincidências. Dentre outras, algumas foram marcantes:
- Minha mãe (dessa vez não a Pachamama, mas a dona "Misa" - aliás, minha primeira referência sobre o porquê de se amar a cultura ameríndia), contava que meus desenhos eram sempre aproveitando o ícone infantil do SOL (aquele círculo central rodeado de raios...).
- Meu tio-avô, o Tio Humberto, um expert no Tupi-Guarani, chamava-me de "Avatatá" (o cabelo de fogo) e dizia que minha cabeça era como o SOL, um círculo com fogo em volta.
- Meu avô, o Vovô Deodoro, certa vez me disse que meu fogo não era o cabelo, mas o "fogo nas ventas" (talvez porque soubesse que eu era muito brigão).
- Mais crescido, meus amigos índios me chamavam de "Raio de Sol", apelido que guardo com muito carinho e orgulho até os dias de hoje.
- Estudando o ocultismo, encantei-me com o "Mestre Uiracocha" (que também se escreve "Viracocha"), iniciado pelos Incas. Foi quando um amigo meu, peruano filho de peruana com alemão, descreveu-me o desenho de um Uiracocha: um SOL de três dimensões idêntico ao que a dona "Misa" me dera em certa ocasião - com uma Lhama em seu centro - era a "cabeça" daquela divindade Inca.
Enfim, não me desvencilhei e nunca pensei em me desvencilhar desse, talvez, enigma presente em minha vida.
No website de Rosane Volpatto (http://www.fosanevolpatto.trd.br), encontrei a seguinte citação sobre os "Filhos do Sol":
"O homem andino passou a chamar-se "Filho do Sol", porque seu ideal era ativar o seu "Sol Interno", reconciliando-se com as forças femininas da Pachamama (Mãe Terra) e com as forças masculinas de Viracocha (Grande Criador). O "Filho do Sol" é o compromisso com a unificação e o crescimento, um compromisso de viver profundamente os seus poderes e de ser tão brilhante quanto o nascer do Sol."
Talvez em poucas ocasiões eu tenha me identificado tanto com uma citação, tal como essa. Talvez, enfim, ela explique o porquê de minha teimosia em conciliar evolução com tradição; combinar a arte com a matemática; buscar a paz, vivendo entre o belicismo e o perdão; perseguir a missão de fazer a diferença na vida das pessoas, seja encontrando formas de construir templos às suas virtudes ou, somente, estendendo a mão para o amparo e o braço para dar força aos que necessitam e querem.
Bem, tantas palavras para justificar o próximo "post" do Blog Povo Ameríndio: um "cliping" sobre os Incas, essa fantástica civilização que nos deixou um legado místico tão rico.
Boa leitura a todos.
Caetano Mauro
Editor do Blog Povo Ameríndio
A abordagem mística diz que as primeiras energias que meus corpos físico, mental e espiritual receberam ao chegar à "Mother Earth" ou, como dizem os povos andinos, à "Pachamama", foram aquelas fortemente emitidas pelo SOL.
Mas o determinismo diria que "o homem é o produto do meio", assim , enquanto não aprendi a ser livre, em épocas em que o meu caráter era forjado pelo meio em que fui criado - graças a Deus, a minha família - certamente as tantas falas sobre a hora de meu nascimento devem ter direcionado o meu subconsciente para o caminho do encontro das coincidências entre mim e o SOL. Realmente foram muitas as coincidências. Dentre outras, algumas foram marcantes:
- Minha mãe (dessa vez não a Pachamama, mas a dona "Misa" - aliás, minha primeira referência sobre o porquê de se amar a cultura ameríndia), contava que meus desenhos eram sempre aproveitando o ícone infantil do SOL (aquele círculo central rodeado de raios...).
- Meu tio-avô, o Tio Humberto, um expert no Tupi-Guarani, chamava-me de "Avatatá" (o cabelo de fogo) e dizia que minha cabeça era como o SOL, um círculo com fogo em volta.
- Meu avô, o Vovô Deodoro, certa vez me disse que meu fogo não era o cabelo, mas o "fogo nas ventas" (talvez porque soubesse que eu era muito brigão).
- Mais crescido, meus amigos índios me chamavam de "Raio de Sol", apelido que guardo com muito carinho e orgulho até os dias de hoje.
- Estudando o ocultismo, encantei-me com o "Mestre Uiracocha" (que também se escreve "Viracocha"), iniciado pelos Incas. Foi quando um amigo meu, peruano filho de peruana com alemão, descreveu-me o desenho de um Uiracocha: um SOL de três dimensões idêntico ao que a dona "Misa" me dera em certa ocasião - com uma Lhama em seu centro - era a "cabeça" daquela divindade Inca.
Uiracocha, a divindade Andina
Enfim, não me desvencilhei e nunca pensei em me desvencilhar desse, talvez, enigma presente em minha vida.
No website de Rosane Volpatto (http://www.fosanevolpatto.trd.br), encontrei a seguinte citação sobre os "Filhos do Sol":
"O homem andino passou a chamar-se "Filho do Sol", porque seu ideal era ativar o seu "Sol Interno", reconciliando-se com as forças femininas da Pachamama (Mãe Terra) e com as forças masculinas de Viracocha (Grande Criador). O "Filho do Sol" é o compromisso com a unificação e o crescimento, um compromisso de viver profundamente os seus poderes e de ser tão brilhante quanto o nascer do Sol."
Talvez em poucas ocasiões eu tenha me identificado tanto com uma citação, tal como essa. Talvez, enfim, ela explique o porquê de minha teimosia em conciliar evolução com tradição; combinar a arte com a matemática; buscar a paz, vivendo entre o belicismo e o perdão; perseguir a missão de fazer a diferença na vida das pessoas, seja encontrando formas de construir templos às suas virtudes ou, somente, estendendo a mão para o amparo e o braço para dar força aos que necessitam e querem.
Bem, tantas palavras para justificar o próximo "post" do Blog Povo Ameríndio: um "cliping" sobre os Incas, essa fantástica civilização que nos deixou um legado místico tão rico.
Boa leitura a todos.
Caetano Mauro
Editor do Blog Povo Ameríndio
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sábado, 15 de novembro de 2008
MEIA AMAZÔNIA NÃO!
"Só quando a última árvore for colocada abaixo, só quando o último rio for envenenado, só quando o último peixe for capturado, só então vocês compreenderão que o dinheiro não presta para se comer".
(Profecia do povo Cree - Povo oriundo da América do Norte que habitava desde as Montanhas Rochosas até o Oceano Atlântico, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá. Hoje constitui o maior grupo indígena do Canadá, com uma população superior a 200 mil membros. A língua cree era a mais falada na América do Norte, sendo que nos dias de hoje nem todos os cree a falam fluentemente)
Texto divulgado no site http://www.meiamazonianao.org.br , de responsabilidade do GREENPEACE:
"Passou no Senado e tramita agora na Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para as florestas brasileiras e, em especial, a floresta amazônica. Originalmente de autoria do senador Flexa Ribeiro 9PSDB-PA), e modificado pela comissão de agricultura do congresso, o PL 6424/2005 autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia. De quebra, legaliza praticamente todos os desmatamentos que, nos últimos 40 anos, derruparam certa de 700 mil quilômetros quadrados da área original da floresta - o equivalente a quase três estados de São Paulo. O projeto também desobriga os responsáveis pelos desmatamentos de recuperarem o que derrubaram, permitindo que um desmatamento realizado no Pará, por exemplo, seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro. Em resumo, o projeto condena vastas regiões do Brasil a serem livres de floresta, o que o levou a ficar conhecido como 'Projeto Floresta Zero'."
Caros leitores do Blog Povoameríndio:
Esse canal de divulgação sobre a cultura ameríndia não poderia se omitir diante de tal aberração. Sabe-se que muito mais do que interesses econômicos, o problema passa pela própria existência da fauna e flora, pelo equilíbrio natural do sistema, pela agressão à natureza que em qualquer instância inclui a nós, seres humanos, e o legado que deixaremos para nossos descententes.
Quem se interessa pelo porquê da aniquilação da cultura ameríndia deve ser fiel aos seus princípios e valores e lembrar que a natureza não passará incólume a tal agressão.
Lemos no discurso feito pelo Chefe Seattle ao Presidente Franklin Pierce em 1854, nos Estados Unidos da América:
"Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto."
Depois disso nos emocionamos e lamentamos o que fizeram nossos antepassados.
Agora é hora de nos revelarmos como CONTRA A EXTINÇÃO DA NATUREZA AMAZÔNICA. MEIA AMAZÔNIA NÃO!
Os interessados podem acessar ao website http://www.meiamazonianao.org.br, cadastrar seus e-mails, convidar amigos, montar rede, enfim, divulgar como for possível. Recomendamos que o façam.
O importante é que cada adesão pode ser o diferencial para conseguirmos abolir a possibilidade de sujarmos ainda mais a passagem do homem na história desse planeta.
"Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Proteje-a como nós a protegíamos. "Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse": E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
(Duwamish - Seattle Chief)
(Profecia do povo Cree - Povo oriundo da América do Norte que habitava desde as Montanhas Rochosas até o Oceano Atlântico, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá. Hoje constitui o maior grupo indígena do Canadá, com uma população superior a 200 mil membros. A língua cree era a mais falada na América do Norte, sendo que nos dias de hoje nem todos os cree a falam fluentemente)
Texto divulgado no site http://www.meiamazonianao.org.br , de responsabilidade do GREENPEACE:
"Passou no Senado e tramita agora na Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para as florestas brasileiras e, em especial, a floresta amazônica. Originalmente de autoria do senador Flexa Ribeiro 9PSDB-PA), e modificado pela comissão de agricultura do congresso, o PL 6424/2005 autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia. De quebra, legaliza praticamente todos os desmatamentos que, nos últimos 40 anos, derruparam certa de 700 mil quilômetros quadrados da área original da floresta - o equivalente a quase três estados de São Paulo. O projeto também desobriga os responsáveis pelos desmatamentos de recuperarem o que derrubaram, permitindo que um desmatamento realizado no Pará, por exemplo, seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro. Em resumo, o projeto condena vastas regiões do Brasil a serem livres de floresta, o que o levou a ficar conhecido como 'Projeto Floresta Zero'."
Caros leitores do Blog Povoameríndio:
Esse canal de divulgação sobre a cultura ameríndia não poderia se omitir diante de tal aberração. Sabe-se que muito mais do que interesses econômicos, o problema passa pela própria existência da fauna e flora, pelo equilíbrio natural do sistema, pela agressão à natureza que em qualquer instância inclui a nós, seres humanos, e o legado que deixaremos para nossos descententes.
Quem se interessa pelo porquê da aniquilação da cultura ameríndia deve ser fiel aos seus princípios e valores e lembrar que a natureza não passará incólume a tal agressão.
Lemos no discurso feito pelo Chefe Seattle ao Presidente Franklin Pierce em 1854, nos Estados Unidos da América:
"Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto."
Depois disso nos emocionamos e lamentamos o que fizeram nossos antepassados.
Agora é hora de nos revelarmos como CONTRA A EXTINÇÃO DA NATUREZA AMAZÔNICA. MEIA AMAZÔNIA NÃO!
Os interessados podem acessar ao website http://www.meiamazonianao.org.br, cadastrar seus e-mails, convidar amigos, montar rede, enfim, divulgar como for possível. Recomendamos que o façam.
O importante é que cada adesão pode ser o diferencial para conseguirmos abolir a possibilidade de sujarmos ainda mais a passagem do homem na história desse planeta.
"Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Proteje-a como nós a protegíamos. "Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse": E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
(Duwamish - Seattle Chief)
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